Como organizo, distribuo e controlo o material pedagógico da escola
6 de September de 2012 às 12:27 | Ensino Fundamental - Maria Inês Miqueleto
Quanto maior é a escola, mais necessária se faz a organização dos materias que serão usados em aula
A APM (Associação de Pais e Mestres) da escola recebe verba (Programa Dinheiro Direto na Escola), uma vez por ano, da FNDE. Entre outras coisas podem ser comprados materiais visando o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem e atendendo ao Projeto Pedagógico da Escola. Após o levantamento da necessidade de comprar os materiais, os Colegiados (APM e Conselho de Escola) se reúnem para decidir e aprovar as compras. Isso faz bastante diferença, pois, se bem controlado e com boas compras, nunca falta material.
No início do ano, apresento, aos professores, os materiais que foram adquiridos e que ainda não conhecem. Sou responsável em distribuir o material aos professores, quando eles os solicitam. Então, sabem como organizei a retirada e o controle desses materiais? Criei um modelo de requisição para os professores (vejam aqui).
Durante o ano letivo, os professores entregam às segundas-feiras, na reunião de ATPC, a requisição de todo material que utilizarão durante a semana, de acordo com o planejamento semanal de suas aulas. Com a requisição, separo os materiais, coloco o nome do professor e eles retiram na sala da coordenação. Quando terminam de usar, os materiais voltam para a minha sala e então devolvo à Sala de Material Pedagógico.As requisições são todas arquivadas e, por elas, sei com qual professor está determinado material, caso ele tenha se esquecido de devolver.
Quando algum material será utilizado por vários professores, por exemplo, as caixas de sólidos geométricos, eles planejam para não trabalhar o material no mesmo dia. Às vezes um material fica a semana toda na minha sala para ser utilizado por vários professores. Tem dado bastante certo.
E na sua escola, quem é responsável pelo material pedagógico? Como isso é organizado?
Como organizo a rotina das crianças na Educação Infantil
4 de September de 2012 às 11:39 | Educação Infantil - Leninha Ruiz
Conte sempre aos pequenos o que vai ser feito durante o tempo em que eles passam na escola
É sabido que quanto menor é a criança, maior a necessidade de haver uma rotina de seu dia na escola, ou seja, os pequenos precisam saber o que vai acontecer em cada momento do período que passa com a gente. Há alguns anos, estabelecemos uma rotina única aqui na escola. É chamada de rotina única porque todas as turmas desenvolvem os mesmos tipos de atividade. Alinhamos as propostas e ajustamos os horários tanto para que a criança saiba o que vai acontecer como para facilitar os encaminhamentos da escola na organização dos momentos que envolvem todos os grupos – como a merenda e o parque.
Para definir quais atividades serão realizadas em qual momento, procuramos equilibrar as situações de maior concentração – como é o momento de atividade de algum eixo – com outra de maior descontração – como a hora do parque ou do lanche.
Alguns momentos precisam acontecer em função da organização da escola – por exemplo, no momento entre o lanche e o parque, é preciso que todas as crianças estejam em sala para que o pátio de lanche seja limpo para a outra turma. Assim como só é possível contar história se todos estiverem na sala. Se tiver turma no parque haverá mais barulho (na minha escola, o parque é do lado das salas de aula) o que atrapalharia a concentração das crianças.
Ao prestar atenção a todos esses detalhes, a organização do período da tarde aqui na escola ficou assim:
Rotina Única Diária
Os horários já incluem organização da turma e dos materiais, para o momento do diversificado (acesse aqui os princípios e orientações). O professor prepara os materiais e a disposição das mesas na sala, mas as crianças ajudam a guardar e organizar tudo depois.
Disponibilizo aqui para vocês a grade horária de duas turmas: uma de Infantil I (3 e 4 anos) e outra de Infantil III (5 e 6 anos) vão observar que no infantil I (3 anos) o tempo depois do parque ainda é dividido em 2 momentos diferentes visto as características dessa faixa etária. Para a elaboração da rotina consideramos as especificidades do nível, quanto menor a criança menor é o tempo de duração de uma proposta, desenhar por exemplo: a turma de 5 anos pode levar até 30 minutos pois são bem detalhistas e os pequenos de 3 anos fazem em 5 minutos.
E na sua escola como é a organização da rotina das crianças?
Beijo, Leninha
Como fazer a avaliação do coordenador pedagógico?
30 de August de 2012 às 14:53 | Ensino Fundamental - Maria Inês Miqueleto
Na minha concepção, ser avaliada pelos professores que coordeno é importante porque me possibilita pensar sobre o trabalho que estou desenvolvendo e, ao mesmo tempo, redirecionar minha prática.
Embora saibamos que o que está sendo avaliado é o nosso trabalho e não a nossa pessoa, penso que é necessário estarmos preparados para receber a avaliação – podemos receber críticas e daí a necessidade de sabermos lidar com tudo que pode vir à tona.
Como funciona comigo
Na minha escola, preparo um roteiro de avaliação do coordenador pedagógico para os professores. Considero fundamental que eles me avaliem ao final do primeiro semestre e ao final do ano. Isso me ajuda a planejar o meu trabalho.
As perguntas que fiz ao final de junho deste ano (veja aqui) tinham como foco as Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC), pois meu objetivo era analisar se eu deveria continuar no mesmo ritmo do 1º semestre ou se deveria fazer alterações para o próximo semestre.
Ao final do ano, sempre proponho questões para avaliarem meu desempenho (veja aqui) e também para sugerirem pontos importantes para o próximo ano letivo. Ao ler as avaliações, levanto as respostas e finalizo com uma análise do que deve permanecer e o que deve mudar.
Acredito que as avaliações que a diretora e a supervisora fazem ao final do ano são também muito necessárias. Elas podem considerar, do ponto de vista da gestão escolar, se estou atendendo aos requisitos da minha função. Para mim, essa avaliação é bastante tranquila. Sabem por quê? Durante o ano, adoto a postura de deixar a minha diretora a par de tudo o que eu faço. Uma vez que ela me dá autonomia para eu desenvolver minhas funções, entendo que todas as decisões que tomo devem ser compartilhadas com ela. Na minha concepção, é assim se caracteriza um trabalho coletivo por parte da equipe gestora. Dessa forma também garantimos de que todos “falem a mesma língua”.
Ter sido vice-diretora por três anos na Escola Maria Aparecida, ao lado da atual diretora, me ajudou a “ver a escola como um todo” e como é importante partilhar tudo o que fazemos. O mesmo acontece com a minha supervisora, pois o diálogo é constante, tanto para tirar dúvidas, de minha parte, como para as orientações por parte dela. A avaliação da diretora e da supervisora levam em consideração os seguintes aspectos: se estou desempenhando com qualidade o trabalho de formação e acompanhamento dos professores e se o meu trabalho tem legitimidade frente a equipe. Depois disso, é feita uma ata para registrar essa avaliação, que acontece ao final de cada ano.
E você? Como é avaliado? Tem algum roteiro de avaliação?
